O mecanismo primário de um orgasmo para gerar um estado de transe é uma estimulação rítmica constante, e quem comprova tudo isso é a neurociência.
Dizem que o sexo, tanto casual como de um casal, é um presente dos Deuses como compensação das desgraças que um indivíduo pode chegar a enfrentar ao longo de sua vida. Esse é um momento em que, quando é consensual – quando as duas pessoas aceitam conscientemente ter a relação sexual– e não existe doença que afete o desempenho, o orgasmo possui o poder de desenvolver um estado alterado da consciência que é similar à transcendência.
De acordo com Adam Safron e Victoria Klimaj, neurocientistas da Universidade Northwestern, não se trata apenas do ato da prática sexual em si, mas do fato de que o orgasmo é o que desencadeia nos seres humanos uma série de reações que poderiam ser consideradas transcendentais.
Ao longo de sua análise, os especialistas diferenciaram o comportamento sexual entre animais e humanos, observando que estes últimos adaptaram o seu comportamento em torno da cultura, metas abstratas e motivos não necessariamente reprodutivos.
Ou seja, de acordo com essa hipótese, o orgasmo humano existe exclusivamente para o prazer que o caracteriza, e graças a ele, os neurocientistas descobriram que “nossos cérebros, ao perceber esse nível de prazer sexual, assimilam a atividade como se estivéssemos entrando em outro estado de consciência”.
Isso ocorre quando os neurônios se tocam e se disparam a uma velocidade e em um padrão muito particular, o que resulta em um estado essencialmente de transe, êxtase ou auto-absorção, de modo que a sincronização desses disparos ou sinais neurais – o ritmo durante o ato sexual – se torna um passo crucial para desencadear a sensação de um estado alterado de consciência.
Embora esse fato não seja novidade, pois de acordo com a ancestral prática tântrica, o orgasmo resulta no estado máximo de meditação e transcendência no ser humano, a realidade é que a pesquisa de Safron e Klimaj é o primeiro estudo da neurociência responsável por demonstrar a correlação entre o ritmo da estimulação e os efeitos neuronais (e por isso, emocionais).
Em outras palavras, o mecanismo primário de um orgasmo, para gerar o estado de transe, é uma estimulação rítmica constante. Trata-se tanto de estimular adequadamente – de acordo com o gosto de cada mulher e de cada homem – durante ¼ de hora para alcançar o melhor orgasmo da sua vida, bem como focar a atenção e se comprometer com essa atividade para alcançar um estado maravilhosamente orgásmico de ser.
Essas são as dicas de estudiosos da neurociência para chegar a um orgasmo transcendental.